Festa a ti Nilo quando sobre esta terra
te manifestas
A paz é teu caminho vida vida vida ao Egito
Escondes entre as trevas a tua travessia
Hoje se canta a tua passagem
Onda nos jardins frutos e flores ao sol
A tudo que tem sede vida você vida e vida
Sobre os desertos não amas chover
O Nilo desce e o deus da terra faz pão
Em grãos se abre a deusa e outro deus anima as oficinas
Senhor dos peixes vem além da catarata
Nenhum campo mais o pássaro invada
Criador do trigo ventre da cevada
Em teus tempos perdurem todos os templos
De trabalhar não parem teus dedos
Homem, mulher, mulher, homem quem não morre de fome?
*Autoria desconhecida
Tradução de Paulo Leminski
IN: Poemas traduzidos. São Paulo: Folha de S. Paulo, 1987. P. 45.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
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Parabéns pelo blog João,
ResponderExcluirótimos textos, essa tradução do Leminski eu não conhecia.
traduzir é uma das grandes insondabilidades da linguagem.
um abração.
Pablo Capistrano.
Que bom que você voltou a escrever.
ResponderExcluirSei que estou atrasada, mas só hoje descobri.
Um abraço saudoso.
Ana Guimarães
Joãozinho,
ResponderExcluirLer sua coletânea é uma belezura só.
Mas ler o que você escreve é um gosto ímpar.
Puxão de orelha básico, pela demora na descoberta. Atrasada. No entanto, nunca tarde.
Um 'xêro'.
Marcinha
Pablo, obrigado. Essa tradução de Leminski é valiosa. Grande abraço, João
ResponderExcluirMárcia, obrigadíssimo. Beijos, Joãozinho
ResponderExcluirValeu, Ana. Bjs. JOão
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