...a tua cabeleira feita de sombras negras...
Mário Quintana
IN: QUINTANA, Mário. Nova antologia poética.São Paulo: Globo, 2007, p. 125.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
A lírica grega
VII: 24
Videira, mãe da uva e do vinho que a tudo apaziguas,
possa a teia de tuas gavinhas tortuosas
florescer, exuberante, no chão fino e coroar
a estela da tumba do teano Anacreonte,
para que ele, festeiro e ébrio do vinho a que é tão dado,
tangendo sua lira de amante de rapazes
noite afora, sob a terra, tenha acima da cabeça
os galhos com o esplêndido racimo maduro,
e que possa umedecê-lo sempre o sereno da noite
que sua boca de ancião tão doce respirava.
Tradução: José Paulo Paes
IN: PAES, José Paulo. Poemas da antologia grega ou palatina. Séculos VII a.C. a V d.C. Seleção, tradução, notas e posfácio de José Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p.15.
Videira, mãe da uva e do vinho que a tudo apaziguas,
possa a teia de tuas gavinhas tortuosas
florescer, exuberante, no chão fino e coroar
a estela da tumba do teano Anacreonte,
para que ele, festeiro e ébrio do vinho a que é tão dado,
tangendo sua lira de amante de rapazes
noite afora, sob a terra, tenha acima da cabeça
os galhos com o esplêndido racimo maduro,
e que possa umedecê-lo sempre o sereno da noite
que sua boca de ancião tão doce respirava.
Tradução: José Paulo Paes
IN: PAES, José Paulo. Poemas da antologia grega ou palatina. Séculos VII a.C. a V d.C. Seleção, tradução, notas e posfácio de José Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p.15.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Os clássicos
x: 107
Nenhum mortal é feliz sem que o deus queira assim.
Quanta desigualdade na sorte dos mortais!
Uns se saem bem na vida, outros porém que honram
os deuses passam por dolorosos infortúnios.
Eurípedes
Tradução: José Paulo Paes
IN: PAES, José Paulo. Poemas da antologia grega ou palatina. Séculos VII a.C. a V d.C. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 19.
Nenhum mortal é feliz sem que o deus queira assim.
Quanta desigualdade na sorte dos mortais!
Uns se saem bem na vida, outros porém que honram
os deuses passam por dolorosos infortúnios.
Eurípedes
Tradução: José Paulo Paes
IN: PAES, José Paulo. Poemas da antologia grega ou palatina. Séculos VII a.C. a V d.C. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 19.
domingo, 8 de agosto de 2010
Soneto de Dante, de Vida Nova
Guido, eu quisera que tu, Lapo e eu
fôssemos presa de um encantamento
e postos numa nave solta ao vento
vogando pelo mar segundo o teu,
nosso desejo o que a sorte escolheu
para em nada encontrar impedimento.
De modo que entre nós cada momento
unisse bem vosso desejo ao meu
Senhora Vana e Dona Lágia então
e a do número trinta residente
a nós trouxesse o mago, tempo além:
e aí, falar de amor, e da questão
de estarem todas três muito contentes
como haveríamos de estar também.
Dante Alighieri
Tradução: Jorge Wanderley
IN:STERZI, Eduardo. Por que ler Dante. São Paulo: Globo, 2008, p. 134-135.
fôssemos presa de um encantamento
e postos numa nave solta ao vento
vogando pelo mar segundo o teu,
nosso desejo o que a sorte escolheu
para em nada encontrar impedimento.
De modo que entre nós cada momento
unisse bem vosso desejo ao meu
Senhora Vana e Dona Lágia então
e a do número trinta residente
a nós trouxesse o mago, tempo além:
e aí, falar de amor, e da questão
de estarem todas três muito contentes
como haveríamos de estar também.
Dante Alighieri
Tradução: Jorge Wanderley
IN:STERZI, Eduardo. Por que ler Dante. São Paulo: Globo, 2008, p. 134-135.
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