quarta-feira, 5 de maio de 2010

Nada por acaso

O pedantismo ingênuo
dos joguinhos de palavras
e dos trocadilhos sem graça
nada significam
no branco da página.

Oh! Cobiçado branco da página,
para onde se volta todo o desejo do poeta.

Nesse afã de brincar,
quem sabe ele busca
algum niilismo da escrita

ou simplesmente
tal qual um menino buchudo
se diverte
dando banana a Mallarmé.

Palavras por elas próprias
e o fait-divers da poesia
se dissemina farto.

João Batista de Morais Neto

6 comentários:

  1. nada, poeta, nada por acaso.poema para se guardar no bolso do meu paletó alheio. abs.

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  2. Pois é, poeta. Nada por acaso. Obrigado por guardá-lo no bolso do seu paletó alheio. João

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  3. A poesia acontece em si... O papel branco serve a seu propósito;...

    Parabéns João!!

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  4. ah,joaozinho que poema lindo,vc brinca com as palvras,de Marllarmé,a Parmamirim,vc processa tudo,e tem na mão o afeto que lhe é mais caro,hoje tranquilo,coisa de poeta feliz!

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  5. Poeta feliz, Tetê? A felicidade... O poema não é recente, mas pode refletir imagens de agora. Afeto que me é mais caro é poesia, viu? obrigado, joaozinhno

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