Raça
O padre Caldas
orangotango da Corte
entre a Arcádia e a rua
com a sua Viola de Lereno
faz irromper sua fúria branda
Cruz e Sousa
fascina-se pelas imagens brancas
e pela assepsia das formas
mas em seu emparedamento
afirma sua negra dor.
O mulato Lima
vivendo na fronteira
em que álcool, loucura e miséria
formaram um molotov de adversidades
detonou o mundo medíocre de sua época
sendo “pobre, mulato e livre”.
Gil
de refazenda e realce
da refavela ao poder
afirma seu brilho
de canto e discurso
a cintilação de palavra e gesto
em cores vivas.
Machado
Ah! O bruxo!
Esse sublimou.
João Batista de Morais Neto
sexta-feira, 30 de abril de 2010
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ResponderExcluiré muita raça, meu joão batista da poesia potiguar. pra se guardar em antologia. em letra impressa junto com outos signos: perfume, vestígios da mão amada, flor fanada. abraços.
abraços, poeta. obrigado pela leitura. João
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