Ela desinfla o mal-estar
na civilização.
Ela prescinde da felicidade
dos bem-postos na vida.
Quanto mais na lida diária
o Tedium Vitae preside
tanto mais
eu e ela nos fundimos extáticos,
crentes da seita dos dervixes girantes.
Eu, com ansiosa solicitude,
agarro qualquer bóia
- destroço seja jóia -
e comando o lupanar do lumpensinato da ilusão.
E, ela, que papel cumpre?
Ela imprime descomunal animação
à falange
das minhas máscaras.
Waly Salomão
In: SALOMÃO, Waly. O mel do melhor. Rio de Janeiro: Rocco,2001, p. 107.
domingo, 18 de abril de 2010
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