À noite, quando o pêndulo do amor oscila
entre sempre e nunca,
tua palavra toca as luas do coração
e teu tempestuoso olho
azul alça o céu à terra.
De longe, do negrissonhado
bosque advém-nos o sopro,
e o perdido circula, grande como os esquemas do futuro.
O que agora sobe e desce
vale para o íntimo soterrado:
cego como o olhar que trocamos,
beija o tempo na boca.
CELAN, Paul. Poemas. Tradução de Flávio Kothe. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p.25.
domingo, 11 de abril de 2010
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