domingo, 22 de novembro de 2009

Um poema de Marize

Estrangeira

Abriga-me em suas coxas
pois perdi a rota.
Por erro, talvez.
Raro destino, quem sabe.

Fui além de mim.

Afastei-me de casa.
Confundi-me com outras.
Surpreendi-me.

Os fios que teci na sua escuridão
tornaram-me seta e luz.

Mais estrangeira do que sempre fui.

Marize Castro


CASTRO, Marize. Lábios espelhos. Natal:Una,2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário