sexta-feira, 25 de junho de 2010

Os leões estão brincando no jardim

Dentes gelados, unhas à mostra
o leão arranha levemente
a pele de puro gesso: estátua branca
Peônias farfalham mudas
ante a imaginação selvagem e furiosa
vento vento vento
na tarde de abismos, constelações
de leões, centauros prontos para o bote,
o amor perigoso, atado ao tudo
ou nada: um par de olhos diante
de sua máscara de oxigênio

Ademir Assunção

In: DANIEL, Cláudio e BARBOSA, Frederico.Na virada do século. Poesia de invenção no Brasil.São Paulo: Landy, 2002, p. 34.

Nenhum comentário:

Postar um comentário