Cais
Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento/Ronaldo Bastos
Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
Se me olham
Por que quase tudo perdi,
tornei-me sem adereços.
Nada existe que me tire
de mim mesma.
Nem mesmo esses cadáveres
de plástico em seus simulacros
de alabastro.
Se me olham, não me alcançam.
Nem ouvem o que minha alma diz:
Não quero mais o que jamais quis.
Marize Castro
IN: CASTRO, Marize. Lábios-espelhos. Natal: Una, 2009, p. 37.
tornei-me sem adereços.
Nada existe que me tire
de mim mesma.
Nem mesmo esses cadáveres
de plástico em seus simulacros
de alabastro.
Se me olham, não me alcançam.
Nem ouvem o que minha alma diz:
Não quero mais o que jamais quis.
Marize Castro
IN: CASTRO, Marize. Lábios-espelhos. Natal: Una, 2009, p. 37.
apanhado
de certos ritmos
quase em segredo
como que a roçar
uma como que pele da alma
e a desmatar de onde
inflexões de onde
de onde dos quintais
de onde dos porões
da umidade de onde
do silêncio de onde
da noite e breu
de onde e o que mais
se a tanto
pequena percussão
pelo menos um rastro
vida afora
Júlio Castañon Guimarães
In: Poemas (1975-2005). São Paulo: Cosacnaify, 2006.
quase em segredo
como que a roçar
uma como que pele da alma
e a desmatar de onde
inflexões de onde
de onde dos quintais
de onde dos porões
da umidade de onde
do silêncio de onde
da noite e breu
de onde e o que mais
se a tanto
pequena percussão
pelo menos um rastro
vida afora
Júlio Castañon Guimarães
In: Poemas (1975-2005). São Paulo: Cosacnaify, 2006.
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