sábado, 13 de fevereiro de 2010

Poema

Sereno ele retorna do impossível
Traz no bico de prata
a rosa azul dos sonhos que tivemos
e nos pés de cristal a morna terra das estrelas
Branco e tranquilo e leve e livre e alegre
quase como se morto já estivesse
o pássaro feliz esvoaça em meu seio
afugentando as sombras com seu canto

1948



Mário Faustino

IN: FAUSTINO, Mário. O homem e sua hora e outros poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 213.

Nenhum comentário:

Postar um comentário